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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Infância revisitada, emoções, e carne ao ponto.



O programa dessa Terça-feira, 24 de Novembro, foi emoção de ponta a ponta. Foi complicado para alguns participantes lidar com a carga emocional de ver fotos de infância e relembrar a época, a família. Os competidores tiveram que trazer à baila suas memórias gustativas, enquanto tentavam controlar as lágrimas e se manter focados para cozinhar pratos que fizeram parte das suas vidas. A idéia não era reproduzir os pratos, e sim dar a eles sua personalidade, seu toque pessoal, recriar, fazer uma releitura com os ingredientes que compunham esses pratos de que se lembravam, que comiam quando crianças, quando bem mais jovens.

Já comecei a me emocionar ao ver os cozinheiros se debulhando ao ver as fotos antigas. Os próprios Chefs estavam muito emocionados; Paola e a apresentadora eram duas que tinham lágrimas nos olhos e tentavam manter a pose... Deu até um pouco de pena de alguns alí, como Jaime, que não conseguia se controlar, e chorava muito, dizendo mesmo no depoimento nos bastidores que naquele momento percebeu que não tinha uma referência, uma memória gustativa das comidas de infância. Complicado, né? Durante a prova, Luis contou que tinha problemas até hoje para chorar, que não conseguia faze-lo com facilidade, porque seu pai, que teve um infarto e morreu praticamente nos braços do filho, pediu para que ele não chorasse, e isso acabou ficando marcado no moço. Difícil...
Cecília, que normalmente é durona, não chora à toa, chorou muito enquanto preparava sua comida e dizia para Ana Paula Padrão que queria homenagear sua outra avó.
Não houve excessão, todos choraram, uns mais, outros menos, mas as lágrimas rolaram.

(Daí eu dei uma pausa da escrita para ir comprar ovos do tiozinho que passa por aqui toda semana, pisei numa folha molhada, torcí o tornozelo, me estabaquei, fiquei de molho na cama com o pé com cara de ciabata, inchado, pra cima, joelho faltando um naco, em carne viva, e tomando remédio, com um sono danado... E é por isso que só estou postando agora... saco viu? Ó lá Dona Helena, ganhastes uma companheira de pé imobilizado! Hahaha! Tem que rir, né, porque senão a gente acaba chorando... porque dóóói! Pronto, tudo explicado, voltemos às panelas :D )

OK, vejamos o que os mancebos decidiram praparar com o jeito de Master Chef para fazer essa viagem de volta às suas infâncias. Lembrando que as instruções foram para que eles cozinhassem algo que iria dar a eles a personalidade dos Chefs que seriam no futuro. Simples e complicado ao mesmo tempo...
Uma hora para cozinhar. Já era bem óbvio que alguns seriam influenciados pela carga emocional, como Jaime, que teve dificuldade para se concentrar e parar de chorar. Talvez até por esse tanto de emoção, o moço se atrapalhou e pegou no mercadinho, por engano, o arroz japonês, e foi salvo por Flávio, que deixou para ele um saco de arroz normal.  Flávio decidiu fazer um arroz com carnes e legumes.  Helena revisitou o macarrão com frango da infância. Elisa lembrou do pai, fazendo um sanduíche no pão ciabata com alguns ingredientes que ela está acostumada a usar na sua cozinha.
Pode ter parecido para alguns que Jaime estava dando uma de coitadinho, mas acho que não foi o caso... Ele chorava enquanto cozinhava, o que pode sim atrapalhar na execução de um prato. Ele decidiu fazer um picadinho de carne, e relatou que  comer carne era luxo em sua infância, e que o tempero da mãe era só cebola e sal... Então, iria incrementar com os temperos que havia conhecido no programa para dar uma cara de Master Chef ao prato.

A conversa entre os Chefs-jurados era exatamente sobre o choro de Jaime, que poderia atrapalha-lo. Jacquin contou sobre o prato que provavelmente faria, e mostrou uma musiquinha que cantava para comer o purê de batatas da mãe, fazendo um buraquinho no meio para colocar o molho de carne... bonitinha a historinha!
Cecília escolheu fazer um picadinho, e dar sua personalidade a ele. Mohamad decidiu reunir vários ingredientes da culinária árabe em um prato só, coisas que comia na infância e adolescência. Na falta de algum ingrediente, o menino maluquinho substituiu e se virou para fazer funcionar. Seria um prato arriscado e complexo...

Luis contou para Ana Paula sobre o episódio da morte do pai, e lidava com as lembranças da melhor forma possível. Decidiu fazer uma sobremesa de banana da infância, com ingredientes mais refinados e cara de restaurante. Paola se espantou ao aproximar-se da estação de trabalho de Elisa, perguntando se a mocinha estava fazendo um "lanche". Ao ouvir a explicação para a escolha de Elisa, a Pati-Chef hermana aconselhou-a a se manter no ótimo nível que tinha atingido nas últimas provas, e então foi abordar Flávio, justamente na hora em que o concentrado nipônico executava uma manobra complicadinha na frigideira para virar sua omelete, o Tamagô que acompanharia o seu risoto japonês. Antes de sair de perto, a Chef deixou a pulguinha atrás da orelha de Flávio, mandando-o pensar se num dia em que o moço tivesse um restaurante, ele traria consigo a culinária  japonesa exatamente reproduzida, ou se seria uma cozinha com com influências japonesas e a personalidade dele. Enquanto isso, Jacquin abordava Cecília e a apressava para fazer seu molho com vinho, dizendo que não ia dar tempo.

Faltando 10 minutos, Helena se dá conta de que ainda não tem nada pronto, e se apressa para cozinhar o macarrão e fazê-lo mais simples ainda do que tinha imaginado, para poder ganhar um tempo.  Os Chefs observavam de longe, namorando a sobremesa de Luis, e Paola torcia para que comessem bem naquele dia... Comentavam sobre a idéia do prato de Mohamad e a simplicidade do lanche de Elisa. Paola se dizia preocupada pela moça, e que não apresentaria um lanche no Master Chef... Fogaça dizia que achava que Helena parecia enrolada. Também comentavam sobre o fato de Jaime estar descascando sua mandioquinha (estranha essa expressão né?? hahaha) com apenas 8 minutos para o final da prova, que não daria tempo de cozinha-la.  Flávio já finalizava seu prato, parecendo confiante, embora ouvindo do Pit-Chef Fogaça que era comida para um batalhão. Helena e Mohamad se preocupavam se conseguiriam entregar os pratos, com apenas 3 minutos para o final. Jaime tirou a mandioquinha do prato, pois não deu tempo de cozinhar, e Mohamad não conseguiu montar seu prato como planejara, e foi como estava mesmo.
TEEEMPO!!
Ana Paula explica que a partir daquele episódio, como já estavam em apenas 7 competidores, os jurados iriam passar a provar todos os pratos nas provas não eliminatórias.

Flávio foi o primeiro a apresentar seu Mazegohan, um risoto japonês com carne, cenoura, vagem e bardana. O Sapo-boi française já começou a chafurdar na cumbuca do japa, revirando o risoto, com cara de poucos amigos, perguntando o que havia na composição, e por fim experimentou, com a testa enrugada. Comentário: "É muita coisa de novo! Muito produto. Muita mistura. Não gostei!".  Paola também fez cara de quem não gostou, dizendo que há pratos com muitos ingredientes, mas que trazem um sabor único, e que não era o caso do prato do moçoilo. Disse a Flávio que abrisse os olhos, porque poderia ser que não desse mais para ele, e que se fosse uma prova eliminatória, ele estaria fora. La hermana disse e repetiu que não estava bom. Fogaça perguntou ao rapaz o que estava acontecendo com ele, afirmou que ele estava descendo a ladeira sem freio! Lembrou-o do conselho que os Chefs-jurados haviam dado ao moço na última prova, de que menos era mais, e que Flávio havia ido pelo "mais é mais". Com a cara feia, reafirmou que o moço deveria fazer algo com a memória gustativa para trazer algo que eles procuravam hoje, uma coisa mais atual, mais bem feita, mais bem apresentada. Arrematou dizendo a Flávio que ele estava na corda bamba.  Flávio voltou para a  bancada decepcionado consigo mesmo.

Jaime levou para julgamento seu Picadinho de carne com legumes e arroz. O professor contou que o pai fazia esse prato, e que ele havia colocado alguns ingredientes a mais. A apresentação estava bem simples, o arroz havia desmoronado um bocadinho, eu não diria que era um prato de Master Chef. Fogaça provou e logo de cara perguntou se Jaime não havia usado sal e pimenta, e a resposta foi afirmativa. Bom, se o cara perguntou, já dá pra saber o porquê, né? O Chef ressaltou a falta do molhinho da carne de panela e do tempero do arroz. Perguntado o que havia acontecido com ele, Jaime falou sobre a dificuldade da prova pela carga emocional, que só havia cozinhado em respeito aos Chefs e ao programa, e que estava sem condições... Fogaça discorreu sobre a pressão que é estar em uma cozinha com 100 clientes querendo comer, e sobre como era importante ter controle emocional para ser um cozinheiro, caso contrário acabava-se saindo correndo da cozinha e abandonando tudo no meio do serviço. Fogaça disse que o prato deixou a desejar.
Paola fez um desabafo na sua vez de provar o prato: disse que começou a cozinhar muito jovem porque tinha que fugir da sua vida cotidiana, que era muito ruim. A cozinha, disse, havia sido seu útero e seu colo. Em seguida falou da forma como se passa "por toda a merda", como se enfrenta o que vem, e a cara que se põe pra vida, pra se dar certo na vida... Me pareceu e soou como uma bronca que traduzida dizia que não importa o que se passa, mas a forma que se encara os desafios e melecas que rolam com a gente. Paola me soou um tanto irritadiça, meio que achando que Jaime estava se mostrando fraco. Ela criticou o prato em vários sentidos, da falta de sabor e tempero à consistência dura e seca da carne, ausência de molho... Jaime disse que tinha sido bom ter tomado aquela porrada, que não seria um erro que cometeria duas vezes, e que ainda bem que não era uma prova eliminatória. Disse ainda que sabia que o prato não estava bom. Quando Jaime disse que se caísse 7 vezes, levantaria 7 vezes, a Pati-Chef irritadiça, com a cara amarrada, apenas concordou: "Sim, todos nós, vamos lá!". No depoimento dos bastidores, Jaime disse que só voltaria a chorar quando ganhasse o Master Chef... Poderooooooso... Hahahaha!

Dona Helena é a próxima a ser chamada! Lá foi ela na sua cadeirinha de rodas com o pé engessado (tadinha!! Helena, eu sei da sua doooor guria!! E como enche o saco, né??), pratinho na mão, ansiosa porque havia terminado seu macarrão faltando 5 minutos para o final da prova, e não sabia como a massa estaria. Seu Farfalle com frango enrolado no presunto e recheado de cogumelos me pareceu bem apresentado, mas teve Chef-jurado que não pensou como eu. Paola elogiou a consistência, a suculência do frango, a massa, mas disse que achava que Helena havia reproduzido muito o macarrão com frango da infância, que não sabia se era um prato de restaurante. Jacquin disse que faria o prato "mais Master Chef", e discorreu sobre como apresentaria o prato, como cortaria o frango, etc. Quanto ao tempero, disse e frisou que, como sempre, era bom. Segundo ele, a apresentação não era para o Master Chef. Helena ficou chateada por ter achado que a apresentação estava de acordo, e ainda assim não ter estado a contento para os Chefs-jurados.

Cecília foi a seguinte, com seu Picadinho de carne com cogumelos e massa filo. Fogaça recebeu as explicações de como o prato da avó Berta havia sido adaptado, modificado, confeccionado. Perguntou se o molho de redução de vinho da moça era ketchup, e aí provou. Segundo o Chef, a moça conseguiu captar a idéia de trazer os sabores sem copiar o prato, apresenta-lo e trazer alguma recordação de sua infância. Paola foi logo comentando sobre o gosto de Cecília pela massa filo, e provou do prato. Disse que ela poderia não entender que era um picadinho, o que era bom porque estava saboroso, e não era necessariamente um picadinho, mas sim uma interpretação da competidora com uma apresentação contemporânea. Alinhavou seu julgamento dizendo que o prato estava muito bom, e que a moça cozinha bem. Cecília voltou ao seu lugar com um sorrisão gigante no rosto.

Próximo da fila, Mohamad levou para Jacquin seu Quibe cru com cream cheese, babaganuche e tabule numa montagem um tanto desmilinguida, na minha opinião. Perguntado se estava feliz, Mohamad fez um sim meio incerto com a cabeça. Nos bastidores, a gravação do maluquinho mostrava-o dizendo que ou os juízes iriam gostar ou não, que não haveria meio termo. O francês gostou do tempero, do sabor, mas achou que a apresentação poderia ser melhor, mais refinada, menor. Finalmente acabou por dizer que a apresentação não estava bonita, que estava péssima. Aconselhou o moço a não perder tempo sendo agitado, e a pensar. Paola provou, mastigou, disse que era muito arriscado e muito bom, e muito saboroso!

Elisa levou seu Ciabata de rúcula, presunto e cogumelos para avaliação. Visualmente, estava bonitinho, bem apresentado, na minha opinião, mas nada demais... Elisa se prolongou um pouco demais para explicar os porquês do seu prato. Pati-Chef experimenta e começa a discorrer sobre como achava a idéia válida, mas que a mocinha já tinha feito pratos autorais infinitamente melhores, por mais sensacional que estivesse o lanche, e que NÃO estava sensacional... Aí disse que o sanduíche estava gostoso, embora um pouco salgado demais. Aconselhou Elisa a pensar melhor, que não era o momento de apresentar um sanduíche. Vez do bipolar Sapo-boi française, que provou, perguntou se "estava de rodízio" ( é o que??? ), se o pai da moça tinha lanchonete, e diante das negativas, grosseiramente disse a Elisa "seus pais não sabem cozinhar então". Elisa defendeu a culinária do pai, só para ouvir do rotundo Jacquin a pergunta sobre onde estava a comida da família, finalizando com a afirmação de que era "melhor parar hoje". (Grosso! Mal educado!) A pobrezinha voltou para o seu lugar cabisbaixa, triste pelo que ouvira dos jurados, mas disse que era um chacoalhão que precisava levar, que a sua escolha havia sido um tiro no pé.

Por fim, Luis chega com seu Creme de ricota e banana frita com calda de manteiga e açúcar. Pessoalmente, achei a apresentação na taça bem simples, nem um prato por baixo para apoio, e o desenho da sobremesa pareceu-me um daqueles doces que se vê em copinhos de plástico em balcões refrigerados de padarias (ai Aninha, que ácida! Né? Mas é só minha opinião...). Paola provou e fez cara de enjôo, de quem comeu e não gostou, literalmente. Criticou o doce, dizendo que a ricota estava ácida, salgada e com a textura que não era sedosa, cremosa, mas sim granulada, o que Luis admitiu ter notado. Comentou então sobre a banana na parte de baixo, que estava dura e com gosto de manteiga pura, enquanto a banana de cima não tinha muito sabor. A sobremesa simplesmente não a agradou. O Pit-Chef provou de leve, remexeu o creme, pegou uma cerejinha de cima e comeu... Então perguntou por que Luís não tinha feito algo salgado, e quando ouviu do competidor que porque sobremesa não era o forte dele, havia decidido que teria que tentar, comentou que o moço estava pondo a cabeça no laço. Acrescentou que tinha que pensar, ou iria "se f#&er", que esperava mais do moço, que já era a segunda vez que dizia isso a ele. E que talvez fosse a última. Luís, coitado, só fazia que sim com a cabeça, desapontado e sem-graça.

Decisão. Para os Chefs-jurados, apenas Mohamad e Cecília conseguiram fazer direito o que foi pedido na prova. Pela apresentação falha, nosso fio desencapado cabeludinho não levou o primeiro lugar. Cecília é novamente a dona do camarote.

Prova de eliminação exigindo técnica, e dessa vez com direito a workshop da Pati-Chef Paola sobre corte e preparo de carnes. Paola contou sobre como vem estudando essa proteína há anos, sobre como é fà de carne, uma de suas especialidades. Então apresentou 5 cortes nobres, do traseiro bovino, para os competidores: o Prime Rib, o Chorizo, a Fraldinha, o Filet Mignon, e o Bife de Chorizo. Os competidores poderiam escolher o corte que queriam trabalhar, e apresentar um prato de nível Master Chef, com acompanhamento e molho. Apresentações feitas, Paola começa o workshop, falando sobre alguns mitos sobre a carne como temperatura para preparo, tempo para temperar, etc. Logo de cara, alerta a quem se animasse para preparar o Prime Rib que esse era um dos cortes mais difíceis de se tabalhar, por causa do ponto, tempo de cozimento, por ter que terminar no forno. Depois pega o Filet Mignon e passa outras dicas como selagem, tempo de descanso e ponto de cozimento, mostrando a cor e diferença de cada ponto, deixando os competidores provarem. Curtí assistir!

Hora da prova. 2 minutos no supermercado para escolher a carne e os acompanhamentos. Tudo no prato seria avaliado, do ponto da carne ao acompanhamento, da apresentação ao molho preparado.
Corre-corre usual para escolher ingredientes, e voltam para as bancadas de trabalho. Rostinhos satisfeitos, contentes por terem pego tudo o que precisavam, muitos já com a receita todinha na cabeça, tudo planejado... Só que não, né? Hahahaha! Surprise!!!  E das boas... Bem Master Chef. Shun-Li da Band dá a ordem para que cada competidor retire da cestinha a sua carne, e deixe nela todos os outros ingredientes. Muito bem... então tiveram que passar sua cesta de compras para o fófi da bancada de trás. NÃÃÃOOO!!! Hahahahaha! Que pesadelo, hein? Para muitos foi lindo, para outros, foi encarar o Jason num beco escuro sem saída! Mas hein?! Vejamos como ficou: Elisa entregou sua cesta para Flávio, que entregou a sua para Helena, que entregou a sua para Jaime, que passou a sua para Luís, que por fim passou a sua para Elisa. Preciso comentar as carinhas dos competidores? Tá, comento! Ia do pânico à decepção, da raiva ao desalento... Alguns curtiram, como Jaime, por exemplo, que disse saber que Helena tem as manhas e só escolhe ingredientes bons, então não seria difícil trabalhar com a cesta da fófi. Engraçado mesmo foi ver a reação da Helena, que olhou para o conteúdo da cesta, começou a rir e não conseguia parar!

Os Chefs pediram a carne ao ponto, por ser esse o ponto mais pedido pelos clientes nos restaurantes, então os competidores teriam que prestar atenção nesse "detalhezinho". Ana Paula Padrão explicou em seguida que cada competidor começaria a cozinhar num tempo diferente, assim o tempo da carne seria respeitado, e ela seria provada no momento certo. Desta forma, um competidor começaria a cozinhar, outro começaria 5 minutos depois, o seguinte 5 minutos depois, e assim sucessivamente. Lógico que quem começasse por último teria mais tempo para pensar no que fazer com os ingredientes da própria cesta. Para ter justiça, foi feito um sorteio. O 1o sorteado foi Flávio, que seria o 1o a servir seu prato, seguido por Elisa, Luis, Jaime, e Helena por último. Teriam 45 minutos para cozinhar. Achei pouco!

Mãos à obra. Flávio começou seu preparo enquanto os outros apenas observavam. O moço estava contente com o conteúdo da cestinha, muito embora pensasse em reduzir a quantidade de itens e se manter no mínimo necessário, como havia planejado ao escolher seus itens no mercado. 5 minutos passados, foi a vez de Elisa começar a cozinhar. A moça não estava nada feliz com a cesta pobriiiinha que lhe foi "presenteada". Se virou como pôde, e parecia mais preocupada mesmo era com o ponto da carne. Hora de Luis começar seu prato, e já tinha pensado um pouco sobre o que fazer e como se arrumar com alguns ingredientes que Jaime havia colocado na cesta. Abordando Luís, Jacquin e Fogaça ouviram sua idéia original para o prato, e acabaram concordando que o moço se dera melhor com a cesta trocada, porque o plano inicial era perigoso. Não deixaram de acrescentar que Elisa iria odia-lo para o resto da vida! Hahaha! Verdade. Eu teria jogado um pé de alface na cabeça do fófi! Ninguém merece... Salada no aro e carne como um prato de Master Chef?? Humpf!

Tempo para Jaime começar seu prato, bem feliz com a cesta que Helena montou "para ele".  Já se atrapalhava um pouco com os cogumelos e os pignoli, e lá do balcão, Cecília e Mohamad assopravam diquinhas de preparo... Ana Paula viu e mandou que ficassem quietos, que não era para ajudar, que não era do jogo... Fala sério?? Como assim, pode isso, agora? Eu tinha dado alguma punição!
Helena foi autorizada a dar início ao seu prato. Paola logo se aproxima, e fica espantada com a escolha que Flávio tinha feito originalmente pela mozzarella de búfala e laranjas. Estranho mesmo, mas nem por isso ruim... Até que dá um caldo, né? A cesta de Helena acabou por não ser de todo ruim, e lá estava a moça a se virar com o que the tinha sido dado. Uma diquinha ou outra para a fófi bem humorada e sorridente, e lá foi a Pati-Chef para Flávio, que já estava com sua carne no forno há um tempo. A Chef mostrou-se preocupada com esse tempo, e deu um toque para o competidor, que disse estar considerando o tempo de descanso da carne, e foi advertido para tomar cuidado para não passar do ponto. Mesmo preocupado e um tanto inseguro, Flávio continuou com a preparação.
Fogaça e Jacquin foram abordar Jaime, que preparava medalhões de filet mignon, e passava um cordão em torno de cada um deles, pelo visual, para a carne não ficar esparramada, segundo ele. Jacquin foi direto para a panela em que o professor cozinhava alguns talos de alho porró, mas o detalhe que não passou despercebido nem para o francês nem para o Pit-Chef foi a terra nos legumes, que não haviam sido lavados (ou não foram lavados corretamente). Sempre vem terra no meio de alho porró, e tem que ter cuidado mesmo! Daí pra frente, tudo foi questionado, do tempo que faltava, o que seria feito do vinho, até o onde fritaria a carne, e onde estava a frigideira, por que não estava em cima do fogão... Ixi! Fogaça ainda acrescentou que um sairia naquele dia, como se fosse alguma novidade...
Na rodinha habitual, os chefs comentavam das dificuldades dos competidores, se monstrando preocupados com Jaime, por exemplo, que não sabia o que estava fazendo com seu filet mignon, seu caldo com terra, como faria para engrossar o molho, etc. Paola se dizia preocupada com a apresentação dos pratos, porque os competidores poderiam, de repente, se preocupar demais com o ponto da carne e esquecer do visual, e dizia que naquela altura do programa os cozinheiros deveriam apresentar pratos que poderiam ser servidos nos restaurantes dos Chefs.
Ao ser abordada, Elisa pareceu mais segura, e conformada com os ingredientes que foram dados a ela.

Faltando 10 minutos para a apresentação, Flávio retira a carne do forno, receoso que ficasse mais passada do que o necessário, e deixou-a descansando, confiando que alguma parte da peça fosse estar no ponto pedido pelos Chefs...  (Oi??) Paola e Jacquin observavam, e o francês dizia que por enquanto, eles não iriam comer bem. Paola estava nitidamente procupada. Faltando 5 minutos, o próprio Flávio admitiu que estava atrapalhado com os acompanhamentos e com a própria carne, que estava mal passada. Ele decide cortar a carne e escolher os pontos que estavam mais próximas do ponto certo. Que dó! Uma peça bonita, daquele tamanhão todo, cortada para só se aproveitar uns talhos...  Já dava para ver uma lambançazinha enquanto o moço passava uma maçaroca pela peneira para levar uma só colherada à montagem do prato.

Acabou o tempo, e lá foi o aparentemente calmo oriental para o julgamento com seu Prime rib ao vinho tinto com purê de batatas e aspargos. Nem deu tempo para respiro, Paola já desferiu a pergunta sobre o porque de se usar uma peça de 1kg de carne com osso e tudo para servir uma porção minúscula de 75 gramas. Perguntou, passada, por que é que ele não havia pego meio pedacinho de contrafilé, já que era o mesmo corte. Ui! Flávio parecia bem desconcertado. A Chef viu que o ponto estava OK, mas dalí pra frente era certeza que haveria má vontade, no mínimo, pelo fato de Flávio ter feito aquela sacanagem com uma peça tão boa de carne. Dos aspargos, o moço usou só as pontas, e la hermana também quis saber por que. O cozinheiro não teve resposta, e enquanto isso Jacquin já abordava o prato, acompanhado por Fogaça, mesmo enquanto Paola experimentava o purê. Era um monte de talheres no prato do moço, um saque! E ouvia-se "está muito salgada, não está?". Paola voltou a dizer que o ponto estava correto. Henrique Fogaça começou com os comentários dizendo que esperava ver uma coisa mais rústica, sublinhando o mau uso de uma carne tão linda, criticou o molho, em que o álcool estava muito nítido, e também comentou que a carne estava um pouco salgada, embora o ponto estivesse OK. O francês já começou descendo a boca no purê e no molho, que disse lhe lembrar vinho quente de festa de São João. Acrescentou que a carne podia ter sido utilizada melhor, e que os aspargos pareciam o muro de Berlim... Ouch!

Vez de Elisa e seu Contrafilé com vegetais ao molho de mostarda. O ataque ao prato foi feito ao mesmo tempo pelos 3 Chefs-jurados. Paola elogiou bastante a carne, dizendo que estava extremamente saborosa. Fogaça sugeriu que o molho de mostarda fosse deixado só para a carne. Jacquin teria deixado a salada separada do prato, para que não esquentasse e murchasse. Elisa, nervosa, começa a chorar ao voltar para a fila dos já julgados. Peninha dela, gente... Ela é tão meiguinha, né?

Luís se apressa e termina a tempo. Ele leva aos jurados o seu Prime rib ao vinho tinto e batatas com alecrim e molho de mostarda. Ofegante, o moçoilo explicou o prato, que tinha o ponto da carne correto, mas na opinião de Fogaça, apesar das batatas estarem boas, a apresentação deixou a desejar, com o molho escorrendo, e "sujando o prato". Paola disse, como um elogio, que ela poderia ter feito aquele prato. Para Jacquin, as batatas estavam um pouco al dente, mas no geral estava correto. O fófi foi para a fileira dos já julgados desnorteado e contente!

Agora era Jaime com seu Filet mignon ao molho de carne e arroz com pignoli. O arroz meio que desmontou quando o fófi retirou o aro, e não achei a montagem bacana, não. Paola achou correto o ponto da carne, mas disse que faltou um pouco de crosta. Avaliou bem o molho, mas segundo a hermana, o arroz estava horroroso. O Pit-Chef teve praticamente a mesma opinião de Paola, mas disse que faltou molho. Para Jacquin, que adorou o molho, o grande defeito da carne é que poderia ter mais crosta. No geral, o concenso foi o de que o filé poderia estar mais selado, mais dourado, menos "fervido".

Helena se apressa para terminar a tempo, bem atrasada. Quase não dá. E lá vai Dona Helena com seu Prime rib ao molho de laranja e salada de brotos com mexirica. Segundo a competidora, ela mesma não sabe o que fez durante os últimos minutos da prova, já que estava tudo calculado e certo, porque de repente tinha passado o tempo e ela não tinha tudo pronto. Teve que escolher na pressa um dos pedaços para servir, e Paola achou que ela escolheu o pior. Mesmo assim, enquanto comia, dava para ver e ouvir a Chef dizendo que a carne estava boa. Segundo a Pati-Chef hermana, Helena havia cometido o mesmo erro de Flávio, escolhendo uma peça daquelas para servir apenas uma pequena porção. Outro comentário da Chef foi de que a carne estava saborosa, embora tivesse dois pontos diferentes: ao ponto em um pedaço e bem passada em outro. Ela acrescentou que tinha certeza de que o pedaço que Helena deixara para trás estava melhor no ponto do que o que a moça apresentou. Descreveu a salada como deliciosa. Para Fogaça, faltou molho, e apenas 10% da carne estava boa para comer. Jacquin disse que o molho era virtual, e que o prato estava confuso.

A bronca geral dos Chefs-jurados foi porque ninguém apresentou uma peça inteira com osso... É... Eu pessoalmente pensei nisso assim que ví os Prime ribs, é o que eu faria... Rústico mesmo, ao ponto, com uma bela crosta dourada! Hummmmmm! Adooooro carne! E no final das contas, acho que eles também estão contando o desperdício, né? Só que com essa exigência maníaca dos jurados de apresentar pratos de restaurante finérrimo, quem é que teria a coragem de apresentar uma peça inteira com osso? Mais é mais de novo? Ou será que eles ainda não decidiram o que querem? Ou são bipolares como a gente desconfia desde o primeiro episódio?? Heeeein?!

Decisão dos Chefs. Surpresos, chegaram à conclusão que os dois que achavam que ficariam até o final eram os dois piores do dia.
Elisa, Jaime e Luís foram chamados à frente, e Elisa foi elogiada por ter se saído bem com a cesta que recebeu. Jaime também teve sua comida elogiada de certa forma. A carne de Luís foi a melhor para os Chefs, portanto, o fófi saiu como o melhor do episódio.
Sobrou para Helena e Flávio, surpreendentemente, como disseram os Chefs, e acho que para muitos de nós, público, também. Eu mesma achei que a carne de Luis estava com pontos diferentes, e bem pior que a da Helena, então vai saber, né? Paola discorreu sobre chances únicas e sobre não haver mais excusas, e aquele comentário valia para todos os participantes. Disse que os pratos dos dois tiveram a maior quantidade de erros, comparados tecnicamente, e pelo sabor tabém, com os dos outros. E os dois escolheram justamente o corte que Paola demonstrou como deveria ser feito. O de Helena foi trazer a parte mais cozida da sua peça de carne, quando os Chefs haviam pedido ao ponto. A Flávio foi perguntado se ele não havia experimentado sua comida. Ressaltou como o fófi havia escolhido a parte com mais nervos e gordura na carne, e disse que o molho era vinho tinto puro, extremamente ácido, sem gosto de carne. Do seu purê, o comentário foi de que não era purê, e sim uma batata amassada, passada pela peneira, granuloso e sem sabor. Ouch! Paola disse não entender o que aconteceu com os dois. Depois desssas críticas, acho até que estava meio óbvio... Acabou pro fófi nipônico... Helena chorou, muito triste pelo moço, mas como tudo tem um lado positivo, ficou aliviada também, já que ela continua na disputa, certo? Nem sempre é bom pra todos. O moço pediu desculpas, saiu fazendo reverência, e conformado, além de determinado a seguir em frente com a gastronomia. Boa sorte Flávio! E parabéns pela participação!

É isso, então, gente. Com atraso mesmo, aí está! :) E bóra assistir, que Terça-feira já está batendo na porta, e vai ter mais pra ver e comentar!
Beijos pra todo mundo, e até já! =)
-Aninha

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